terça-feira, 12 de abril de 2016

MANIFESTO AOS BRASILEIROS - Em Especial aos que Participam da Mídia

O Brasil não é um cassino e política não é um jogo. É triste ver o povo envolvido numa disputa midiática que terá a partida final no domingo, dia 17/03/2016. É triste perceber que será assim que esse dia, independente do que aconteça, vai entrar para a história.

Brasileiros, votos que definem o futuro do meu país não podem ser encarados como gols e resultado de votação não pode gerar derrota nem vitória. Não existem dois times em campo no Congresso Nacional. Existe um Poder Legislativo estabelecido constitucionalmente de procuradores do poder popular pelo voto direto. Todos eles escolhidos para um só propósito. Melhorar nosso país para que ele seja próspero e orgulhoso em seu futuro, para as futuras gerações.

Hoje temos dois lados ensandecidos na busca de trazer vitória para o seu time quando deveríamos estar debatendo com nossos contendedores políticos como tirar o Brasil da atual crise que já rodou o mundo inteiro, está presente em grandes economias e eles nos deram o exemplo levando a sério os projetos de futuro de cada um deles.

Nós, brasileiros, estamos na velha discussão se comunismo acata a democracia – coisa velha, sem sentido. Não é momento de ser de direita ou de esquerda, progressista, conservador, revolucionário ou reacionário. É chegado o momento de sermos todos brasileiros.

Não importa para mim, neste momento, quem tem a razão. Importa que comprovadamente a atual Presidenta da República é honesta e comprometida com o Brasil. Que os possíveis sucessores no caso de impeachment – que também deveriam sê-lo por obrigação humana mínima de quem se candidata para ser um servidor público – provavelmente não são assim tão honestos uma vez que existem motivos para terem sido indiciados em diversos processos.

Não importa hoje, para mim, qual o partido de quem, qual a orientação política ou qual a ambição dos brasileiros que estão na política. Importa que todos sabemos que a solução da crise se faz com a união de todos os brasileiros, inclusive da classe política.

Aos brasileiros da mídia, conclamo que parem de buscar erros e acertos de qualquer dos lados e informem e apontem soluções – que é o que realmente importa neste momento. Então é hora de esclarecer ao povo e influenciar a política para promover a grande união onde os verdadeiros líderes tragam seus pares para a mesa de negociações num protocolo transparente de caminhos para o futuro.

A mim e aos brasileiros provavelmente não importa os sacrifícios que tenhamos que fazer. Se tiver que momentaneamente quebrar direitos adquiridos – contanto que seja com prazo estipulado num grande pacto – que seja! Nós do povo estamos dispostos a participar, tenho certeza. Ainda mais se percebermos que nossos mais influentes políticos estão abrindo mão de seus egoísmos, ambições, discursos e até de certas posições em prol de uma rápida recuperação e de um futuro mais promissor.

Nosso país ainda está entre os mais ricos do mundo, ainda ocupa a oitava posição. Nossos maiores devedores é um país solvente que pode nos socorrer – EUA, e nossa relação diplomática e comercial não tem qualquer restrição. Temos excelentes relacionamentos em todas as Américas, na Europa, na Ásia, na África e na Oceania. Alguns destes até nos invejam.

Nosso futuro é promissor. Nossas reservas de petróleo – nossa maior riqueza na atualidade – vem sendo disputada por empresas de todo o mundo que querem auferir o maior lucro social e econômico possível. Não devemos ser intransigentes. Que eles usufruam de 70% desta lucratividade por méritos próprios, sem corromper ninguém. Mas deixem no Brasil o mínimo de 30% dos lucros e de nacionalização de mão-de-obra e investimentos. Nisso temos que continuar sendo intransigentes. Afinal o Pré-Sal estará nos alavancando a uma cadeira na OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo e o Brasil passará a participar das futuras decisões do setor.

Está na hora de nos rendermos à realidade. Fora da união – o devo dizer: do consenso – não existe futuro. O que está muito ruim pode piorar e muito. Vamos conclamar aos políticos que elegemos que se digne a abrir mão de seus anseios pessoais em favor do BRASIL!

Vamos gritar não mais: “Não vai ter golpe”; na mais: “Fora PT”. Vamos gritar:

Brasil, estamos juntos rumo ao futuro! Ao pessoal do marketing: socorro, me ajudem num bordão, num slogan – se possível com uma boa música de base – que nos leve a pacificar as ruas e manter a liberdade nacional e internacional do BRASIL!

================
Patrocinado:

Leia os livros eletrônicos de Borges

 Clique e Compre! As Grutas de Spar

 Clique e Compre! (Texto Adulto)                

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Padrão de Beleza

http://1.bp.blogspot.com/_RN4RB5MNGnM/TJ1V9F5ULfI/
AAAAAAAAAQ4/E6abElvvOq0/s1600/espelho05.jpg
   Quem sou eu? Quem é você? Quem somos juntos? Quem eu sou no trabalho? E em casa? Será que tenho múltiplas personalidades? Será que vivo personagens diferentes de mim mesmo? Chega de perguntas. Onde as respostas?
   Você se conhece? Já parou para verificar suas virtudes?
Acho que temos que começar a nos olhar por esse prisma. O prisma das virtudes. Ser humilde não é deixar de perceber o que você tem de bom, nem esquecer em que você tem que melhorar, não para o mundo, para você mesmo.
   Costumamos ser muito crítico com nós mesmos.                  Gostaríamos de ser mais magros ou mais gordos, mais altos ou mais baixos, cabelos mais lisos ou mais encaracolados, mais brancos ou mais morenos, mais ou menos peito / seios / músculos / cintura / quadril / bunda.
   As pessoas costumam se comparar com um padrão muito exigente, mas um padrão de beleza. Isso pouco importa de fato. Basta olhar ao seu redor para ver como é raro alguém ser perfeito em todos os itens e quando você o encontra e pergunta a ele o que gostaria de mudar esse alguém também vai estar insatisfeito com seu corpo, seus traços etc.
   Entretanto, o que realmente importa é quem você é, como você é, quais suas reações diante de imprevistos. É isso que temos que conhecer e normalmente preferimos nem pensar nisto. É seu procedimento, sua forma de pensar e agir que são capazes de mudar o mundo ao seu redor.
   Não, não pense em Jesus, Gandhi, Buda, Luther King, ou qualquer outro nome. Estou falando daqueles que sorriem para você, que lhe abraçam fraternalmente, recebem você com carinho, respeitam, admiram, interagem com você. É tão bom cruzar com essas pessoas. O que elas têm de diferente?
   Na verdade, mesmo que elas não sejam cristãs, elas estão fazendo apenas o que Cristo nos ensinou a 2.000 anos e embora saibamos claramente sua mensagem não nos esforçamos para alcançar o que Cristo nos pediu. Ele só pediu que víssemos a quem nos cerca como se fossem nós mesmo.
   Que você, ou melhor, que eu consiga ser a diferença para os que me cercam. Que eu consiga animá-los, confortá-los, respeitá-los e assim, simplesmente, consiga mudar o mundo.
   Que eu consiga refletir em mim tudo aquilo que percebo e penso em criticar nos outros. Que eu consiga perceber que também tenho que melhorar nas mesmas falhas que aqueles que estão ao meu redor possuem.
   Vejam bem, não estou falando de mais pobres, mais humildes. Estou, como Jesus falou, falando do próximo. Seu cônjuge, seus filhos, seus pais, seus irmãos, seus vizinhos, familiares, amigos de todos os ambientes. Qualidade humana começa em casa.

   Vamos - juntos - mudar o mundo?

================
Patrocinado:

Leia os livros eletrônicos de Borges

 Clique e Compre! As Grutas de Spar

 Clique e Compre! (Texto Adulto)                

sábado, 12 de março de 2016

Desvende a si mesmo

   Hoje participei de uma palestra muito interessante e dela resolvi contar uma história que não é minha, não é do palestrante. É uma daquelas histórias que rodam, mudam e continuam a mesma. Mas vale a pena “ver de novo”! Vou tentar ser fiel ao conteúdo mas vou contar do meu jeito.

   Telma fora pega de surpresa. Não estava preparada para aquilo, mas tinha que viajar, não havia escapatória. Fora tudo providenciado, e o voo saia às onze horas.

   Nove horas saiu de casa e entrou num táxi que lhe esperara por quase dez minutos. Sexta-feira, véspera de carnaval, ela voltaria no sábado, mas aquela viagem estava sendo um transtorno. Todos os planos e projetos familiares tiveram que se adequar à exigência profissional que arrancava Telma do Rio de Janeiro.

   Telma não tinha medo de voar nem era religiosa, mas para prevenir assim que embarcou no táxi iniciou suas orações, aquelas que aprendera com a mãe na infância.
A mãe ensinara a ela quase tudo. Ela hoje, psicóloga, responsável pelos Recursos Humanos de uma multinacional, aprendera a conhecer as pessoas muito cedo e isso talvez fosse a causa do grande sucesso de sua carreira.

   Telma não imaginara que rezaria tanto. O trânsito estava totalmente parado. Ela estava indo de Ipanema para o Galeão. O aeroporto internacional ficava a meia hora de viagem com o trânsito bom. Com engarrafamentos chegava ao dobro – uma hora de viagem de carro, mas ela só conseguiu chegar a via expressa chamada de Linha Vermelha depois das dez e meia e aflita rezava mais e mais.

   Faltavam menos de dez minutos para a decolagem quando ela entrou exacerbada no aeroporto para fazer o check-in. A notícia de que o seu voo estava atrasado ao invés de confortá-la a fez explodir por dentro. 

   Profissionalmente manteve seu sorriso inexpressivo enquanto ouvia a atendente lhe informar que o seu avião partiria em quarenta minutos.

   Estava irrequieta, já despachara a mala, estava apenas com sua bolsa e percebeu que caminhava de um lado para outro lamentando-se inutilmente. Recuperou a razão e a calma, respirou fundo, ia chegar atrasada na reunião, isso era irremediável. Tinha que se conformar e se preparar para ter uma performance ainda melhor já que o início ia ser dificultoso.

   Olhou ao redor, nada para fazer. Seguiu para outro andar e conseguiu comprar uma revista qualquer para passar o tempo e um pacote de biscoitos de polvilho ficando feliz por encontrá-lo.

   Colocou tudo na bolsa, foi para área de embarque, sentou e colocou a bolsa na cadeira vaga, no que foi imitada pelo rapaz que sentara próximo dela. Pegou a revista, começou a folhear e lembrando do biscoito abriu o pacote retirando um biscoito que passou a roer lentamente. Ele tinha que durar até a hora de entrar no avião.

   Quando foi pegar o segundo biscoito percebe que o rapaz comia um de seus biscoitos. Pegara sem dizer uma palavra. Um abusado!

   Ela, uma profissional competente e de destaque não ia fazer um “barraco” como a Lúcia, sua secretária faria numa situação como essa. Pegou outro biscoito e pela visão periférica observou melhor o rapaz abusado.

   Bermuda, cabelos despenteados, camiseta que expunhas seus músculos, certamente um filhinho de papai muito mal educado. O abuso dele era desmedido. Estava pegando, como ela, um segundo biscoito.

   Ela se remoía por dentro, mas por fora manteve-se serena e continuou como se nada estivesse acontecendo. Aquele rapaz estava conseguindo por à prova sua paciência, resistência e sangue frio. A vontade era esmagar aquele, aquele... abusado.

   Ela pensava, mastigava e o saco ia sumindo. No fundo do saco havia apenas um biscoito e o boyzinho pegou o derradeiro biscoito, quebrou ao meio e colocou a metade dentro do pacote. Foi a gota d´água, ela ia explodir mas por sorte os autofalantes anunciavam o embarque e ela pegou sua revista, sua bolsa e seguiu seu caminho remoendo seus piores pensamentos.


   Conferiu o assento, abriu a bolsa para guardar a revista e descobriu, fechado dentro dela, o pacote de biscoito que comprara.

================
Patrocinado:

Leia os livros eletrônicos de Borges

 Clique e Compre! As Grutas de Spar

 Clique e Compre! (Texto Adulto)                

sexta-feira, 11 de março de 2016

A Pólvora

   Um certo dia acordei mais velho. Eu sei que todos os dias acordamos mais velhos, mas naquele dia acordei mais chato, mais implicante, resmungão, em suma mais velho.

   Era cedo, ninguém mais acordado, e a necessidade imperceptível de implicar, latente em mim, me fez implicar com as palavras.

   A primeira vítima: pólvora. Você já implicou com palavras? Já percebeu que algumas soam fora do contexto? E percebendo isso o fato te incomodou?

   Pois é, impliquei e vou tentar ganhar adeptos para as minhas encrenquices. Repita a palavra “pólvora” e lembre: seus usos, seus efeitos, das guerras, canhões, lembre a história que ela escreveu, o barulho que ela faz quando exposta ao fogo.

   Não sei que nome eu daria àquele pó pretinho, feito por três ingredientes simples, mas não tão simples. Não conheça a fórmula e os resultados serão totalmente inesperados. 


   Você, leitor, tem alguma sugestão? Aquela pólvora produz barulho tão intenso que navios usavam um pequeno canhão (canhão de mão) só para anunciar ao porto sua chegada. Como o nome pode estar assim tão distante daquilo que designa?


   Mas vocês acham que é só a pólvora que merece a minha implicância. Que nada. Essa manhã encontrei muitas outras até que minha esposa acordou.

   Agora sim, eu tinha com quem implicar e deixei as palavras de lado. Mas você pode continuar implicando e me envie sua relação de palavras – com motivos para a implicância – que eu vou gostar.

   Sabem qual foi a primeira implicância com a esposa, foi ela me chamando de preconceituoso. Por que ser ranzinza não é a característica dos idosos, é simplesmente a minha característica, ou melhor, ela disse que eu sempre fui chato, implicante, resmungão, já na adolescência – nos conhecemos e aturamos (com muito amor) há uns 45 anos.

   Velhos, como eu denominei - disse ela concluindo - podem ser experientes, otimistas, agradáveis, simpáticos, preocupados, responsáveis, mas poucos, muito poucos são encrenqueiros e certamente foram, como eu, encrenqueiros de nascença.

   Ela acaba a discussão falando como se fosse de si para si, mas bem alto para que eu ouvisse. Vê se pode, implicar com as palavras! Isso é falta do que fazer.

   Tenho muito o que fazer, mas o que mais gosto é de brincar com as palavras. Boa pólvora para vocês. 

================
Patrocinado:

Leia os livros eletrônicos de Borges C.

 Clique e Compre! As Grutas de Spar

 Clique e Compre! (Texto Adulto)