terça-feira, 8 de janeiro de 2013

... E a corda arrebentou, mais uma vez, do lado mais fraco!


  • Rio (http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/01/04/rio-morre-menina-atingida-por-bala-perdida-na-noite-de-natal/)
    04/01 às 16h42 - Atualizada em 04/01 às 17h16

    Rio: morre menina atingida por bala perdida na noite de Natal

    A menina Adrielly dos Santos, 10 anos, que foi atingida por uma bala perdida na noite de Natal em Piedade, no Rio de Janeiro, morreu no final da manhã desta sexta-feira. Ela já havia tido morte cerebral no último domingo. O caso ficou conhecido porque a menina esperou oito horas por atendimento em um hospital municipal do Méier porque o médico plantonista faltou ao trabalho. Adrielly estava internada no hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade.

    >> Caso Adrielly: chefe diz ter avisado médico de que não poderia faltar

    Na quinta-feira (3), a Polícia Civil ouviu quatro médicos do hospital municipal Salgado Filho, onde Adrielly esperou por atendimento. Segundo o delegado Luiz Archimedes, da 23ª DP (Méier), o depoimento de José Renato Paixão, chefe do setor de Neurologia do hospital, foi bastante esclarecedor quanto à eventual responsabilidade do neurocirurgião Adão Orlando Crespo Rodrigues, que estava escalado para trabalhar na noite do crime, mas faltou ao plantão.

    Segundo Archimedes, Paixão confirmou ter recebido um telefonema de Rodrigues, na véspera do plantão de Natal, avisando que não iria trabalhar na noite do dia 24, quando a criança foi internada no hospital. O chefe do setor de Neurologia, entretanto, teria alertado o médico que não seria possível escalar um substituto. "O importante na história toda foi o depoimento do doutor José Renato Paixão. Porque, segundo o depoimento prestado pelo doutor Adão dias atrás, ele falou que ligou pro doutor José Renato dando ciência de que ele não compareceria ao plantão do dia do fato, quando a menina levou o tiro. Mas o José Renato, tomando conhecimento da ligação, ele alertou ao doutor Adão que ele não poderia faltar de jeito nenhum, porque tinha uma escala e não tinha ninguém para cobrir", afirmou o delegado.

    Além de José Renato, prestaram depoimento nesta quinta-feira as médicas Maria Estela Dias, Eneida dos Reis e Lúcia Maria Avelar, que trabalharam no plantão de Natal. "As médicas todas falaram dos procedimentos que tomaram durante a permanência da garota, assim que chegou, os procedimentos que elas adotaram", completou Archimedes.

    Adrielly deu entrada no hospital na noite de 24 de dezembro de 2012 e após esperar oito horas para ser atendida, a menina foi operada e encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e teve morte cerebral diagnosticada no dia 30 de dezembro. A Secretaria Municipal de Saúde instaurou um inquérito administrativo para apurar o caso. "A Secretaria Municipal de Saúde lamenta e repudia o comportamento do profissional e aplicará a punição cabível ao médico", afirmou a secretaria na ocasião.
    Em depoimento, o neurocirurgião culpou a própria secretaria pelos dias que faltou ao trabalho. O médico admitiu que não comparecia aos plantões na unidade havia um mês, mas alegou que o fez por não concordar com a forma como era definida a escala. Ele afirmou que era o único especialista em sua área nos plantões, o que estaria contrariando uma norma do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), que determina a presença de dois profissionais por plantão. Segundo a secretaria, o neurocirurgião deveria ter pedido a exoneração se não concordava com as regras do plantão.


    ...

    Sinceramente: 
    a) Temos o fabricante da arma e da munição, estes sim deveriam ser responsabilizados por cada unidade vendida (é assim com a indústria química); 
    b) temos o(s) vendedor(es) destes materiais bélicos que rodam o mundo sem qualquer controle (isso não é indústria clandestina como o tóxico, portanto passível de controle); 
    c) temos o usuário irresponsável desta arma/munição; 
    d) temos uma enorme fatalidade da vítima em ser alvo de bala perdida; 
    e) temos um sistema de saúde sucateado e entregue as OS que fazem lucro da mesma verba que o governo utilizaria sem sucesso; 
    f) temos um plantão que contra o órgão de controle da categoria (CRM) mantém apenas um plantonista em neurocirurgia - plantonista remunerado por plantão e passível de falta como qualquer trabalhador - se fosse uma indústria ela não ia parar pela falta de um único engenheiro; 
    g) temos um plantonista que avisou que não iria aos plantões a quem de direito sem que qualquer providência fosse tomada - e não foi o único plantão que esteve ausente; 
    h) temos uma ausência pré-avisada e não suprida para reduzir os custos ou não dar trabalho aos responsáveis técnicos e administrativos que não poderiam aceitar uma emergência sem um neurocirurgião; 
    i) temos uma estrutura governamental de saúde omissa e ignorante de fatos tão relevantes.

    Isso posto, quando a fatalidade acontece a culpa é do mais fraco de toda cadeia? 

    Onde quem fabricou? 

    Onde quem vendeu? 

    Onde quem não fiscalizou venda, compra e uso? 

    Onde a estrutura governamental de saúde que mantém plantões capenga em TODO PAÍS? 

    Onde os agentes fiscalizadores da sociedade que a tudo permitem, inclusive terceirização de atividade fim? 

    Onde a direção técnica e administrativa da unidade de saúde, omissa ou ignorante, que manteve (pelo que se saiba) esse plantão de emergência sem duas das peças fundamentais e só contava com uma que avisou que estaria ausente? 

    Onde a equipe do dia que manteve a emergência aberta e aceitou um caso gravíssimo sabendo-se sem capacidade técnica de atendê-lo?

    Realmente a culpa é do médico, quem mandou ele não se jogar na frente da menina antes de ela ser baleada?

    Sociedade hipócrita e omissa...

    Código Civil: 
    Art. 159 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou 
    causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. 
    Art. 1.518 - Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à 
    reparação do dano causado; e, se tiver mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente 
    pela reparação. 
    Parágrafo único - São solidariamente responsáveis com os autores, os cúmplices e as pessoas 
    designadas no art. 1.521. 
    Art. 1.521 - São também responsáveis pela reparação civil: 
    III - o patrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho 
    que lhes competir, ou por ocasião dele (art. 1.522); 
    Art. 1.522 - A responsabilidade estabelecida no artigo antecedente, n° III, abrange as pessoas jurídicas, 
    que exercerem exploração industrial. 
    Art. 1.523 - Excetuadas as do art. 1.521, V, só serão responsáveis as pessoas enumeradas nesse e no 
    art. 1.522, provando-se que elas concorreram para o dano por culpa, ou negligência de sua parte. 
    Art. 1.524 - O que ressarcir o dano causado por outrem, se este não for descendente seu, pode reaver, 
    daquele por quem pagou, o que houver pago. 
    Art. 1.525 - A responsabilidade civil é independente da criminal; não se poderá, porém, questionar mais 
    sobre a existência do fato, ou quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no 
    crime. 
    Art. 1.526 - O direito de exigir reparação, e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança, exceto nos casos que este Código excluir.

    SIM, pela legislação brasileira a indústria bélica possui culpa presumida pelo mal uso dos produtos que industrializa, inclusive penal! 

    - Você concorda?


    Borges.RJ
    Contador de Histórias
    borges.rj@globo.com

Acredite em mim!

Que fique claro: - Eu não sou um Deus, nem semideus, nem imortal. Também não sou profeta, filosofo, mártir religioso; nem nessa nem em vidas pregressas (será que tivemos outras vidas?).
Certamente, se tive vidas pregressas não fui general nem imperador. Não existem resquícios de ter sido rico, nobre, importante nem nada.
Acredito até que sou filho de Deus como a maioria da humanidade acredita, mas o meu Deus é provavelmente diferente do seu. Nunca vi ninguém conseguir descrever Deus e acho que é porque nossa linguagem é ainda muito limitada para alcançar tal façanha. Assim cada um de nós tem um Deus individualíssimo.
Importante:
- Não sou médium, vidente, ouvinte, intuitivo ou qualquer coisa que a estas se assemelhem.
O futuro pode estar ou não traçado, não importa, eu não quero conhecê-lo previamente, até porque todo final leva à morte.
Medo de morrer? Nenhum! Tenho, como quase todo mundo, medo do desconhecido e não conheço a morte. Assim esse é um medo genérico, sem cor, sabor ou rosto.
Saibam:
- Para ajudar aos que me cercam, ao próximo, só conto com a minha própria experiência de vida e com o que assimilei da cultura de forma geral.
Extraterrestres, intra-terrestres, alienígenas, discos voadores, ou melhor, objeto voador não identificado... Tenho que acreditar que existe vida fora da Terra, que talvez eles existam e sejam os anjos que habitam os textos mais sagrados da humanidade. Afinal se aqui ocorreram tantas circunstâncias improváveis para que existíssemos e percebendo a infinitude do infinito universo, prefiro não me ver como uma espécie privilegiada - já chega acharmos que éramos o centro do universo.
Muitos até acreditam que somos a espécie mais importante do mundo, mas ao nos ver como a única espécie que pode destruir tudo (e não conseguimos construir com todos os elementos que dispomos na natureza uma única vida) e que não se poupam esforços nem recursos para conseguir ainda mais poderes destrutivos, não posso julgar o ser humano como uma espécie realmente exemplar. Ainda matamos seres de nossa espécie, praticamos a violência com desculpas diversas - até religiosas - quando sabemos que na realidade, por trás destas ações está sempre o poder. Que ser evoluído é esse? Sempre existiram homens que se acharam ainda mais especiais que os outros homens e usaram as lideranças para subjugar o próximo... Devemos ser mesmo maravilhosos, mas não a melhor nem a mais forte criatura da Terra - todos morremos e por vezes por ser atacado por uma das menores criaturas - um vírus!
Bem, refletindo comigo mesmo, sem me menosprezar nem dizimar minha auto-estima,  sou um nada, ou uma pedra como alguém já me denominou em se tratando das coisas do espírito (será que eu tenho um?).
Sou, como você, rapidamente substituível! Se eu faltar (morrer) poucos sentirão minha falta realmente - uns vão até lembrar de mim - os familiares mais próximos vão sentir saudades, mas não acredito que dez pessoas realmente se abalarão e passado muito pouco tempo a maioria já terá esquecido de mim (e de você também - não se iluda).
Entretanto:
ACREDITEM EM MIM!
Sou feliz!
E se eu, insignificante enquanto pessoa, enquanto espécie, enquanto terráqueo, enquanto habitante deste sistema solar, que vivo numa ponta da galáxia que fica num subúrbio da via láctea, que é apenas mais uma entre milhões, sou feliz, você também pode ser.
Seja qual for o momento que você esteja vivendo olhe para a história da efêmera humanidade e assim perceberá o quanto é ainda mais efêmeras suas tolas preocupações.
Não vou dizer que meu Deus dá de comer aos pássaros pois só eles sabem o quanto se esforçam apenas para se manterem vivos. Mas posso dizer que se um simples passarinho enfrenta o clima, as tempestades, as vicissitudes, as intempéries, e as bonanças para sobreviver e tem sucesso, com você não há de ser diferente.
Por isso, seja feliz, nem que a princípio apenas externamente - é horrível ficar ao lado de quem está triste, prá baixo, preocupado - e pior ainda é se vê na solidão.
Por isso sorria, ria, dance, goze, pule, grite, abrace, beije, se aproxime, apaixone-se, sofra (rindo), viaje (nem que seja a outro bairro), converse, telefone, procure as pessoas que você já conheça, faça questão de conhecer os estranhos - VIVA!
Aposto que como eu, assim, logo, logo, você poderá ser ainda mais feliz que eu!
Cuidado: - Essa vai ser sua tarefa mais complicada porque eu acordo cantando, passo o dia rindo e vou dormir feliz!


Borges.RJ
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com