Que, postada na janela,
Vivo a contemplar?
Tem um sorriso vivo!
Um olhar expressivo!
E tudo, que dela vejo,
É sempre de encantar!
Quem será aquela bela
Que da janela contempla
A vida passando?
E vai deixando passar...
Ao amor: se deu poucas vezes!
E ele, é certo,
Sempre lhe fez chorar.
Onde andará aquela bela
Que da janela encantava
Ao sorrir ou olhar
Para quem por ela passava?
O tempo passou por ela.
E ela, lá ainda está!
Sua vida encheu de amores
Só pela família que a cerca.
Mas ali se manteve cercada.
Livre ficou das dores,
Sempre encantou a todos,
Mas nuca se viu amada!
Vez ou outra volta a ela
À janela e se prostra.
Ainda tem quem se encante.
Tem quem saudades até sinta.
Mas já mostra no semblante,
A marca do tempo constante,
Que passou naquela janela!
Medo da dor ainda sente.
Da vida ainda ausente.
À janela quase não vai...
Seu sorriso ainda vivo e
Seu olhar sempre expressivo