segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Assalto com tradução


- Perdeu, perdeu, e não adianta abanar nem balançar a cadeia que não vou dar um boi nem dar mala prá ninguém. 
- Tenho que arrumar um pichulé maneiro e vou mandar ver  com cês mermo e trata de ficar quetinho preu não meter bronca  que vai sê de pior.
 
O casal perplexo diante daquele jovem, de bermuda surrada e camiseta de malha com estampado contra a violência, tenta argumentar na ânsia de entender o que ele quer.

- Fique tranquilo, o que você deseja? – falou o homem.
 
- Muita calma, nada de violência! – com a voz abalada a mulher também se manifestou.
 
- Cês tão abonado, pode abrir, quero fazer meu ganho sem estarro, passa o gancho, os dolar, sem esconde esconde; e nada de ficar me tirando.

- Em pleno meio-dia, no centro da cidade, você não tem medo de ser pego pela polía expondo assim uma arma na vista de todos.

- Tá limpo, meu cumparsa tá sacando o pedaço e se pintar samango pego o beco. Agora deixa de fita que tô fissurado e se tu demora faço tua feinha.
 
O marginal falou apontando a arma para a mulher.
 
O homem, perdendo a calma e falando alto, encara o assaltante de frente, falando de igual para igual:
 
- Ô meu, tu vem ferrado pular um majú com a majura, entrega teu olheiro e se mete no meio de mais de dez dos meus óme boiando, aqui não tem olho de vidro e como diria meu pai, têje preso, pro chão!


Traduzindo:

- É um assalto, e não adianta fazer sinais tentando se comunicar nem revolta, nem gritaria que não vou liberar nem dispensar ninguém.
- Tenho que conseguir dinheiro e vou assaltar  vocês mesmo, é melhor ficar quietinho para eu não me exaltar ainda mais que vai ser de pior.

O casal perplexo diante daquele jovem, de bermuda surrada e camiseta de malha com estampado contra a violência, tenta argumentar na ânsia de entender o que ele quer.

- Fique tranquilo, o que você deseja? – falou o homem.

- Muita calma, nada de violência! – com a voz abalada a mulher também se manifestou.

- Vocês têm dinheiro, pode confessar, quero assaltar sem nenhum confronto violento, passa o celular, dinheiro, sem tramas; e nada de olhar para mim.

- Em pleno meio-dia, no centro da cidade, você não tem medo de ser pego pela polícia expondo assim uma arma na vista de todos.

- Está tudo planejado, tenho um cúmplice observando a área e caso a polícia apareça vou embora sem estardalhaços. Agora deixa de demora que eu estou precisando usar droga e se você demorar mato a sua companheira.

O marginal falou apontando a arma para a mulher.

O homem, perdendo a calma e falando alto, encara o assaltante de frente, falando de igual para igual:

- Cidadão, você está armado tentando assaltar um delegado de polícia e a delegada de plantão, já denunciou seu cúmplice e está cercado por mais de 10 policiais sem nem perceber, aqui não tem nenhum novato e como diria meu pai:

- Você está recebendo ordem de prisão. Deite-se para a sua própria segurança.

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