sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Essa é a canção!

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Juventude, paixão e música são ingredientes indissolúveis, mas de consequências diversificadas sob os ânimos irrequietos da adolescência que mistura evoluções fundamentais para o ser humano. Todavia, por mais que a juventude nos abandone e a paixão arrefeça com o tempo; a música jamais nos abandona.
O cérebro, com seu funcionamento ainda não totalmente decifrado, de tudo utiliza para marcar o tempo e seus fatos: um cheiro, um sabor, e em especial a música.
Devemos estar atentos diante dos sabores experimentados na adolescência, em especial amores e paixões. O jovem descobre a cada dia o que é amar e sempre ama o próximo com mais intensidade do que o amor anterior embora alguns dos amores que passam deixem carinhosas marcas.
Mesmo nos reconhecendo volúveis e sabedores de que o próximo amor deve ser mais intenso e interessante do que o anterior o que mais machuca é o período intermediário entre dois amores. Nesta fase a dor nos machuca, nosso amor próprio se vê ferido, nossa autoestima desmorona e as músicas contribuem para aquela sensação que hoje insistem em denominar de depressão.
Nesta fase percebemos nossos companheiros e amigos se afastarem de nós e ficamos questionando os laços que temos com o mundo.
Vou me permitir recordar uma música – música não, canção – da qual desconheço o autor, mas que me marcou profundamente:
Título: ESTA É A CANÇÃO
Esta é a canção / que tristeza não tem, não. / Quem vive alegre / nunca está entregue / a dor de uma paixão / que odeia a guerra e, / no entanto a beleza / do céu e da terra vive à contemplar / e que deseja que você também seja / feliz toda a vida, / eu te convido á cantar.
Refrão: Vem, vem, vem cantar. / Esta alegre canção, vem / entre na roda, choro saiu de moda / é alegria que vem. / mas não se torture / pois não há quem ature / ao lado de gente tristonha ficar / a vida é linda e será mais ainda / ao ver que você / está feliz à cantar.
Fiz questão de escrever toda letra da canção pelas verdades que dita:
Quando você está curtindo uma desilusão amorosa fica chato(a) e é péssima companhia:
1.    Só tem um mesmo assunto: sua dor e o(a) “canalha” que lhe faz sofrer, mas que tanto você quer de volta;
2.   O que fez de certo, de errado, o que deixou de fazer e sua dedicação são temas recorrentes;
3.   A certeza que nunca mais vai amar alguém desse jeito e que nunca mais repetirá os mesmos erros que todos repetimos;
4.   Sua indisponibilidade para a busca do prazer, por menor que seja.
Experimente, em meio a sua dor, por maior que seja, ser pelo menos uma excelente companhia. Ria do que lhe fizer rir. Sorria para os que te cobrem de carinho e afeto e busque, intensamente, o prazer, a diversão, a companhia dos que te gostam.
Amores! Amores vão e vêm. Machucam e são esquecidos – a maioria não vai significar nada no futuro e é provável que de alguns nem o nome você lembre. Mas a felicidade não reside apenas nas paixões. Ela está nos momentos de vida, nas pequenas coisas, nos detalhes, em alguns poucos gestos e atitudes. Se você estiver atenta e em busca da felicidade irá conseguir identifica-la.
Importante: você vai ser a pessoa de sempre, agradável, alegre, parceira... Não se permita ser a(o) chata(o), carrancuda, nem fique de mal com a vida – até porque ela é muito curta e viver é muito bom.
Me repetindo: O passado não existe – é uma recordação. O futuro não existe – é formado no presente com base no passado. O presente é esse efêmero momento que você está vivendo agora lendo essas linhas.
Viva esse momento porque apesar de eterno é mínimo e não se repete nem lhe permiti corrigir seus fatos, ações, decisões e atitudes. Faça o que é melhor para você e ame-se muito, só assim merecerá o amor dos que lhe cercam!
Se as lágrimas vão secar só permita o alívio que elas lhe proporcionam e não alongue o choro – é masoquismo!


Borges.RJ
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com