No silêncio reconfortante de sua presença tendo, diante de mim, não apenas seus olhos, mas o seu olhar penetrante e compreensivo me acariciando a alma sem críticas pelo que nela vê, percebo o calor do abraço que, apesar dos passos que nos afastam, recebo de você.
Quando
minhas lágrimas secam enquanto rio das besteiras que você obriga-me a ouvir,
sinto o afeto de sua preocupação comigo e mais uma vez, até mesmo por telefone,
percebo o calor do abraço que, apesar da distância, recebo de você.
Quando
em meio as minhas muitas preocupações você simplifica os fatos fortalecendo
minha vontade em prosseguir, percebo o calor do abraço que, através de sua voz
e suas palavras, recebo de você.
Mesmo
quando a saudade me faz perceber sua ausência, também percebo o calor do abraço
que, pela simples lembrança, mesmo sem a sua presença, recebo de você.
Sentindo,
agora, o calor de seu abraço descubro que isso é mais que abraço, é mais que
calor, carinho, afeto... é simplesmente amizade!
Só
ela, a amizade, permite que não sejamos perfeitos, que entre nós existam
falhas, brigas e magoas que cicatrizam-se por si só principalmente quando, no
nosso pior momento, percebemos o calor deste abraço!
Obrigado
por ser meu amigo!
(Aproveito
para uma homenagem a meu maior e melhor amigo – meu pai! E também ao saudoso
José Carlos Mosqueira Veríssimo – amigo de toda uma vida!)
Borges.RJ
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com