sábado, 20 de outubro de 2012

O Voto é Secreto, mas não é Mudo!



A minha postagem anterior versava sobre a característica secreta do voto. As eleições proporcionais na cidade do Rio de Janeiro me mostrou outra característica fundamental do voto: Não ser mudo!
Eu explico:
A política foi a forma que a sociedade escolheu para determinar o equilíbrio do poder nas inter-relações humanas. Ela já assumiu diversas formas e fórmulas de representação do Estado e demais grupos sociais, como por exemplo a religião. Infelizmente estes poderes e suas manifestações políticas criam também amigos e inimigos. Por isso a política é tão dinâmica e mutável.
A democracia foi uma das fórmulas criadas para alternar o poder e suas características sem maiores transtornos no Estado em relação aos seus pares sociais oferecendo uma ferramenta para reduzir, pelo menos um pouco, o permanente quadro de conflitos e guerras que continua caracterizando nossa humanidade no século XXI.
Na democracia o principal instrumento de manifestação é o voto, que possui regras diversas mundo afora. No caso do Brasil a democracia, e consequentemente o voto, vem alcançando a desejada maturidade. A representação da vontade política da sociedade vem permitindo julgamentos políticos e jurídicos de figuras eminentes de representação do poder e eles seguem caminhos distintos, com resultados distintos. Isso tudo mantendo independência entre os poderes e nos seus reflexos.
Quando digo que o voto não é mudo e sim secreto posso demonstrar pelos resultados da urna. Na postagem anterior manifestei meu voto e preferencia por uma candidata a vereadora que mais uma vez se oferecia ao referendo de seus eleitores. Naquela oportunidade disse que não temia me comprometer ao indicar seu nome.
Rosa Fernandes, a vereadora que indiquei, foi julgada pelos seus conterrâneos de cidadania – os cariocas – e mereceu a maior votação numa eleição que diagnosticou significativa mudança no pensamento e comportamento político da cidade Maravilhosa!
Embora ela se mostre grata ao seu eleitorado a realidade é que foram seus eleitores que demonstraram agradecimento pela forma como ela conduziu sua vida pública aprovando e consolidando nela a representação de seus pensamentos e anseios.
Obrigado Rosa Fernandes! E receba mais uma vez, explicitamente na manifestação de nossos votos, uma procuração de representação ilimitada de nossa cidadania municipal. Mais do que a mais votada você é um exemplo de que ainda se pode (e deve) confiar em políticos e na política como instrumento modificador e modelador do poder social representativo. Seja, mais uma vez, bem-vinda à Câmara Municipal do Rio de Janeiro!


Borges.RJ
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com