- Perdeu, perdeu, e não adianta abanar nem balançar a cadeia que não vou dar um boi nem dar mala prá ninguém.
- Tenho que arrumar um pichulé maneiro e vou mandar ver com cês mermo e trata de ficar quetinho preu não meter bronca que vai sê de pior.
O casal perplexo diante daquele jovem, de bermuda surrada e camiseta de malha com estampado contra a violência, tenta argumentar na ânsia de entender o que ele quer.
- Fique tranquilo, o que você deseja? – falou o homem.
- Muita calma, nada de violência! – com a voz abalada a mulher também se manifestou.
- Cês tão abonado, pode abrir, quero fazer meu ganho sem estarro, passa o gancho, os dolar, sem esconde esconde; e nada de ficar me tirando.
- Em pleno meio-dia, no centro da cidade, você não tem medo de ser pego pela polía expondo assim uma arma na vista de todos.
- Tá limpo, meu cumparsa tá sacando o pedaço e se pintar samango pego o beco. Agora deixa de fita que tô fissurado e se tu demora faço tua feinha.
O marginal falou apontando a arma para a mulher.
O homem, perdendo a calma e falando alto, encara o assaltante de frente, falando de igual para igual:
- Ô meu, tu vem ferrado pular um majú com a majura, entrega teu olheiro e se mete no meio de mais de dez dos meus óme boiando, aqui não tem olho de vidro e como diria meu pai, têje preso, pro chão!
Traduzindo:
- É um assalto, e não adianta fazer sinais tentando se comunicar nem revolta, nem gritaria que não vou liberar nem dispensar ninguém.
- Tenho que conseguir dinheiro e vou assaltar vocês mesmo, é melhor ficar quietinho para eu não me exaltar ainda mais que vai ser de pior.
O casal perplexo diante daquele jovem, de bermuda surrada e camiseta de malha com estampado contra a violência, tenta argumentar na ânsia de entender o que ele quer.
- Fique tranquilo, o que você deseja? – falou o homem.
- Muita calma, nada de violência! – com a voz abalada a mulher também se manifestou.
- Vocês têm dinheiro, pode confessar, quero assaltar sem nenhum confronto violento, passa o celular, dinheiro, sem tramas; e nada de olhar para mim.
- Em pleno meio-dia, no centro da cidade, você não tem medo de ser pego pela polícia expondo assim uma arma na vista de todos.
- Está tudo planejado, tenho um cúmplice observando a área e caso a polícia apareça vou embora sem estardalhaços. Agora deixa de demora que eu estou precisando usar droga e se você demorar mato a sua companheira.
O marginal falou apontando a arma para a mulher.
O homem, perdendo a calma e falando alto, encara o assaltante de frente, falando de igual para igual:
O casal perplexo diante daquele jovem, de bermuda surrada e camiseta de malha com estampado contra a violência, tenta argumentar na ânsia de entender o que ele quer.
- Fique tranquilo, o que você deseja? – falou o homem.
- Muita calma, nada de violência! – com a voz abalada a mulher também se manifestou.
- Vocês têm dinheiro, pode confessar, quero assaltar sem nenhum confronto violento, passa o celular, dinheiro, sem tramas; e nada de olhar para mim.
- Em pleno meio-dia, no centro da cidade, você não tem medo de ser pego pela polícia expondo assim uma arma na vista de todos.
- Está tudo planejado, tenho um cúmplice observando a área e caso a polícia apareça vou embora sem estardalhaços. Agora deixa de demora que eu estou precisando usar droga e se você demorar mato a sua companheira.
O marginal falou apontando a arma para a mulher.
O homem, perdendo a calma e falando alto, encara o assaltante de frente, falando de igual para igual:
- Cidadão, você está armado tentando assaltar um delegado de polícia e a delegada de plantão, já denunciou seu cúmplice e está cercado por mais de 10 policiais sem nem perceber, aqui não tem nenhum novato e como diria meu pai:
- Você está recebendo ordem de prisão. Deite-se para a sua própria segurança.
sites consultados:
http://www.pgj.pb.gov.br/site/Internet/Conteudo/caimp/Logistica/girias_detentos.pdf, http://www.cruiser.com.br/giria/jornal.25.06.04.htm, http://aldoadv.wordpress.com/2007/04/01/curiosidades-girias-criminosas, http://www.overmundo.com.br/banco/girias-e-jargoes-da-malandragem
Borges C.
(Toca de Lobo)
Contador de Histórias
borges.rj@outlook.com
Se não houvesse tradução até eu, morador de comunidade, sambava para entender o palavreado de detento.
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