A
minha postagem anterior versava sobre a característica secreta do voto. As
eleições proporcionais na cidade do Rio de Janeiro me mostrou outra
característica fundamental do voto: Não ser mudo!
Eu
explico:
A
política foi a forma que a sociedade escolheu para determinar o equilíbrio do
poder nas inter-relações humanas. Ela já assumiu diversas formas e fórmulas de
representação do Estado e demais grupos sociais, como por exemplo a religião. Infelizmente
estes poderes e suas manifestações políticas criam também amigos e inimigos.
Por isso a política é tão dinâmica e mutável.
A
democracia foi uma das fórmulas criadas para alternar o poder e suas características
sem maiores transtornos no Estado em relação aos seus pares sociais oferecendo uma
ferramenta para reduzir, pelo menos um pouco, o permanente quadro de conflitos
e guerras que continua caracterizando nossa humanidade no século XXI.
Na
democracia o principal instrumento de manifestação é o voto, que possui regras
diversas mundo afora. No caso do Brasil a democracia, e consequentemente o voto,
vem alcançando a desejada maturidade. A representação da vontade política da
sociedade vem permitindo julgamentos políticos e jurídicos de figuras eminentes
de representação do poder e eles seguem caminhos distintos, com resultados
distintos. Isso tudo mantendo independência entre os poderes e nos seus
reflexos.
Quando
digo que o voto não é mudo e sim secreto posso demonstrar pelos resultados da
urna. Na postagem anterior manifestei meu voto e preferencia por uma candidata
a vereadora que mais uma vez se oferecia ao referendo de seus eleitores.
Naquela oportunidade disse que não temia me comprometer ao indicar seu nome.
Rosa
Fernandes, a vereadora que indiquei, foi julgada pelos seus conterrâneos de
cidadania – os cariocas – e mereceu a maior votação numa eleição que
diagnosticou significativa mudança no pensamento e comportamento político da
cidade Maravilhosa!
Embora
ela se mostre grata ao seu eleitorado a realidade é que foram seus eleitores que
demonstraram agradecimento pela forma como ela conduziu sua vida pública
aprovando e consolidando nela a representação de seus pensamentos e anseios.
Obrigado
Rosa Fernandes! E receba mais uma vez, explicitamente na manifestação de nossos
votos, uma procuração de representação ilimitada de nossa cidadania municipal.
Mais do que a mais votada você é um exemplo de que ainda se pode (e deve)
confiar em políticos e na política como instrumento modificador e modelador do poder
social representativo. Seja, mais uma vez, bem-vinda à Câmara Municipal do Rio
de Janeiro!
Borges.RJ
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente! Não deixe faltar a sua opinião!