Juventude, paixão e música são ingredientes indissolúveis, mas de consequências diversificadas sob os ânimos irrequietos da adolescência que mistura evoluções fundamentais para o ser humano. Todavia, por mais que a juventude nos abandone e a paixão arrefeça com o tempo; a música jamais nos abandona.
O
cérebro, com seu funcionamento ainda não totalmente decifrado, de tudo utiliza para
marcar o tempo e seus fatos: um cheiro, um sabor, e em especial a música.
Devemos
estar atentos diante dos sabores experimentados na adolescência, em especial
amores e paixões. O jovem descobre a cada dia o que é amar e sempre ama o
próximo com mais intensidade do que o amor anterior embora alguns dos amores que
passam deixem carinhosas marcas.
Mesmo
nos reconhecendo volúveis e sabedores de que o próximo amor deve ser mais
intenso e interessante do que o anterior o que mais machuca é o período
intermediário entre dois amores. Nesta fase a dor nos machuca, nosso amor
próprio se vê ferido, nossa autoestima desmorona e as músicas contribuem para
aquela sensação que hoje insistem em denominar de depressão.
Nesta
fase percebemos nossos companheiros e amigos se afastarem de nós e ficamos questionando
os laços que temos com o mundo.
Vou
me permitir recordar uma música – música não, canção – da qual desconheço o
autor, mas que me marcou profundamente:
Título: ESTA É A CANÇÃO
Esta é a canção / que tristeza não
tem, não. / Quem vive alegre / nunca está entregue / a dor de uma paixão / que odeia a guerra e, / no entanto a beleza /
do céu e da terra vive à contemplar / e que deseja que você também seja / feliz toda a vida, / eu te convido á
cantar.
Refrão: Vem, vem, vem cantar. / Esta
alegre canção, vem / entre na roda, choro saiu de moda / é alegria que vem. / mas
não se torture / pois não há quem ature
/ ao lado de gente tristonha ficar / a
vida é linda e será mais ainda / ao
ver que você / está feliz à cantar.
Fiz
questão de escrever toda letra da canção pelas verdades que dita:
Quando
você está curtindo uma desilusão amorosa fica chato(a) e é péssima companhia:
1. Só tem um mesmo assunto:
sua dor e o(a) “canalha” que lhe faz sofrer, mas que tanto você quer de volta;
2. O que fez de certo, de
errado, o que deixou de fazer e sua dedicação são temas recorrentes;
3. A certeza que nunca mais
vai amar alguém desse jeito e que nunca mais repetirá os mesmos erros que todos
repetimos;
4. Sua indisponibilidade para
a busca do prazer, por menor que seja.
Experimente,
em meio a sua dor, por maior que seja, ser pelo menos uma excelente companhia.
Ria do que lhe fizer rir. Sorria para os que te cobrem de carinho e afeto e
busque, intensamente, o prazer, a diversão, a companhia dos que te gostam.
Amores!
Amores vão e vêm. Machucam e são esquecidos – a maioria não vai significar nada
no futuro e é provável que de alguns nem o nome você lembre. Mas a felicidade
não reside apenas nas paixões. Ela está nos momentos de vida, nas pequenas
coisas, nos detalhes, em alguns poucos gestos e atitudes. Se você estiver
atenta e em busca da felicidade irá conseguir identifica-la.
Importante:
você vai ser a pessoa de sempre, agradável, alegre, parceira... Não se permita
ser a(o) chata(o), carrancuda, nem fique de mal com a vida – até porque ela é
muito curta e viver é muito bom.
Me
repetindo: O passado não existe – é uma recordação. O futuro não existe – é formado
no presente com base no passado. O presente é esse efêmero momento que você
está vivendo agora lendo essas linhas.
Viva
esse momento porque apesar de eterno é mínimo e não se repete nem lhe permiti
corrigir seus fatos, ações, decisões e atitudes. Faça o que é melhor para você
e ame-se muito, só assim merecerá o amor dos que lhe cercam!
Se
as lágrimas vão secar só permita o alívio que elas lhe proporcionam e não
alongue o choro – é masoquismo!
Borges.RJ
Contador de Histórias
borges.rj@globo.com
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